O crescimento da economia portuguesa no segundo trimestre do ano superou as estimativas dos analistas e foi o PIB que mais subiu da Zona Euro, com uma evolução positiva de 1,1 porcento entre abril e junho face ao trimestre anterior, graças às exportações.
Os números revelados ontem pelo Eurostat confirmam uma travagem na queda da economia portuguesa que estava em recessão há dois anos e meio. Os analistas apontavam para um crescimento entre os 0,3 e os 0,6 por cento, mas, com o impulso dado pelas exportações e uma queda mais ligeira do investimento, esse número fixou-se nos 1,1 porcento, o que deixa Portugal à frente de grandes economias como a Alemanha ou França. O crescimento em cadeia de 1,1 porcento corresponde a um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 416,5 milhões de euros a preços constantes. Os dados apesar de lançarem um sinal positivo não significam o fim da crise e até o Governo recomenda prudência. “Os dados têm de ser consolidados nos próximos trimestres para que se possa falar numa verdadeira estabilização, salienta o ministro da Economia. Pires de Lima admite, contudo, que “provavelmente estaremos numa viragem económica”. O próprio Executivo aponta para que um crescimento idêntico no terceiro e quarto trimestres do ano – que não é garantido – daria uma contracção anual de1 porcento em 2013. A projecção do Banco de Portugal aponta para uma recessão de dois porcento este ano.
A Zona Euro também cresceu interrompendo um período de recessão técnica. A economia formada pelos países da moeda única teve um crescimento de 0,3 por cento impulsionada pelas reformas estruturais em muitos países do euro e as perspectivas de crescimento dos Estados Unidos.