O antigo analista da CIA e NSA Edward Snowden pediu ontem asilo ao Equador. A notícia foi dada pelo ministro dos Estrangeiros do país sul-americano presidido pelo ‘chavista’ Rafael Correa que tem, há mais de um ano, guardado na sua embaixada de Londres, o líder do Wikileaks, Julian Assange. Na altura, já Snowden ‘desaparecera’ para lugar incerto, mal chegou a Moscovo num voo comercial da Aeroflot proveniente de Hong Kong.
Segundo fontes russas, o homem que denunciou o programa de vigilância de cidadãos por parte da espionagem dos EUA seguirá mais tarde para a América do Sul com escala na capital de Cuba. Snowden disse há dias ter intenção de combater a justiça norte americana nos tribunais de Hong Kong.
Mas decidiu partir para Moscovo um dia depois de os EUA pedirem a sua detenção preventiva até à extradição do território autónomo chinês. Em declaração oficial, as autoridades de Hong Kong explicaram que o pedido de detenção “não cumpria os requisitos legais”, pelo que não havia “base jurídica para impedir a partida de Snowden de Hong Kong”.
O Wikileaks revelou que junto a Snowden viaja a advogada Sarah Harrison, parte de uma equipa jurídica que inclui o ex-juiz espanhol Baltazar Garzón. Um problema a analisar resulta do facto de os EUA terem ontem revogado o passaporte de Snowden. A China exigiu entretanto aos EUA esclarecimento sobre a alegada violação de dados de computadores da Universidade Tsinghua.