O governo liberal vai reduzir em mais 10% o número de vistos de estudantes internacionais que processa. O governo afirmou que o novo objetivo para 2025 e 2026 será de 437.000 autorizações, menos 48.000 do que o objetivo de 485.000 autorizações de 2024.
O ministro da Imigração, Marc Miller, disse a 18 de setembro, que o governo espera que as mudanças “produzam aproximadamente 300.000 autorizações de estudo a menos” nos próximos três anos.
O grupo dos Colleges Ontario, com o novo anúncio, alertou que a medida pode conduzir a cortes nos programas e referiu ter um impacto caótico para os estudantes internacionais que estavam entusiasmados por vir para o Canadá para uma educação de classe mundial. Também os estudantes nacionais podem ser afetados, porque os programas estão agora em risco.
Miller reconheceu que este ano já foi de alguma turbulência para as universidades e colégios do Canadá, pelas incertezas face aos próximos anos, mas pediu-lhes que se readaptem às novas medidas.
O presidente da Universities Canada, Gabriel Miller, disse que o anúncio de 18 de setembro acabou com os meses de incerteza provocados pelo Governo, que tem vindo a fazer anúncios aos poucos sobre alterações específicas, como o direito dos estudantes a trabalhar no Canadá.
A presidente do Colleges Ontario, Marketa Evans, classificou o anúncio como sendo profundamente preocupante e afirmou que estão a revelar um preconceito em relação às universidades. Segundo Evans, as restrições do governo federal significam que os colégios da província vão perder pelo menos 1,7 mil milhões de dólares em receitas nos próximos dois anos.
Ottawa também está a impor novos limites às autorizações de trabalho para os cônjuges de trabalhadores estrangeiros e estudantes em programas de mestrado.
Para se qualificarem, os cônjuges dos requerentes têm de frequentar um programa de mestrado com uma duração mínima de 16 meses. Ou então ser trabalhadores estrangeiros em profissões de gestão ou profissionais que trabalhem em setores com escassez de mão de obra.