ESPECIALISTA EM ARQUEOLOGIA SUBAQUÁTICA APELA A AJUDA INTERNACIONAL PARA SALVAR RESTOS DE CARAVELA PORTUGUESA

caravela colomboO investigador subaquático Barry Clifford pediu esta semana a colaboração internacional para escavar de forma segura, os restos que afirma serem da caravela Santa Maria, de Cristóvão Colombo e para recuperar os objetos localizados dos destroços.
Para o arqueólogo trata-se duma situação de emergência e adianta que o barco tem de ser escavado o mais cedo possível, conservado e mostrado ao mundo.
Clifford fez o apelo durante a conferência de imprensa em que anunciou a descoberta de um barco naufragado que diz ser o tão procurado Santa Maria, um dos três navios com que Cristóvão Colombo navegou para a América em 1492.
Este investigador assegura que o navio encontrado na costa do Haiti, a apenas seis metros de profundidade deve ser o navio histórico e que se tal não for verdade, não consegue imaginar que outro barco possa ser, porque até o momento não há registo de outro barco deste período, no século XV, naquele lugar em que encalhou o Santa Maria, acrescentou Clifford, no Explorers Club, de Nova Iorque.
O explorador pediu assim uma colaboração internacional, especialmente entre Espanha e o Haiti, para escavar cuidadosamente o barco e poder estudá-lo, considerando extremamente importante que haja uma cooperação entre os dois países.
Clifford alertou ainda que a caravela naufragada foi saqueada recentemente, já que lhe faltam uma espécie de canhão, várias rodas da carreta, elementos da estrutura do leme e peças de bronze, dizendo que o saque só pode ter sido feito por cinco ou seis pessoas, num barco relativamente grande, sugerindo que os pescadores locais “sabem o que se passa”.
O barco foi encontrado na zona onde Colombo disse que o Santa Maria encalhou há mais de 500 ano e toda a geografia, topografia subaquática e evidências arqueológicas sugerem fortemente que estas ruínas são do famoso barco do navegador quinhentista.
Barry Clifford, de 68 anos, é conhecido por ter descoberto e escavado os primeiros restos completamente verificados do naufrágio de um barco pirata, em 1984.