O maquinista do comboio que descarrilou na quarta-feira em Santiago de Compostela, Espanha, causando 78 mortos e 130 feridos (31 em estado crítico), afirmou que queria morrer, assim que tomou consciência do acidente.
“Dei cabo de tudo. Quero morrer”, pode ler-se na transcrição do diálogo mantido, via rádio, com a sala de controlo de tráfego ferroviário – e que já foi incluído nas investigações.
Também serão analisadas as imagens de duas câmaras de vídeo que registaram o acidente. As caixas negras, que estão sob proteção policial, ainda não começaram a ser analisadas, uma vez que foi dada prioridade à identificação das 78 vítimas mortais. Para já, três estão por identificar.
O maquinista, Francisco José Garzón Amo, garante que tentou travar após o alarme. No entanto, ontem, recusou-se a depor perante os inspetores da polícia de Santiago de Compostela.
Dois dias após a tragédia, os hospitais locais ainda são palco do desespero dos familiares das vítimas, e os sobreviventes que já tiveram alta relatam momentos de verdadeiro terror.