O aumento das propinas na McGill e na Concordia “ataca diretamente” Montreal, diz Valérie Plante. Os comentários do presidente da Câmara Municipal surgem numa altura em que as duas universidades se debatem com uma queda acentuada das candidaturas provenientes do resto do Canadá.
As candidaturas às universidades Concordia e McGill estão a diminuir, uma vez que o Governo do Quebec planeia avançar com os aumentos das propinas das universidades inglesas.
Em comparação com o ano passado, há menos estudantes de fora da província a candidatarem-se e, na quarta-feira, 7 de fevereiro, a presidente da Câmara de Montreal, Valérie Plante, questionou os motivos controversos da província.
“Não compreendo por que razão o Governo decidiu deixar a Bishop’s University de fora deste projeto de lei, mas vai aplicá-lo às universidades de Montreal. Não percebo. Preciso de uma explicação. Por exemplo, porquê?”, perguntou a presidente do município.
O Governo do Quebec concedeu à Bishop’s, sediada em Sherbrooke – a mais pequena das três universidades inglesas da província – uma isenção parcial, permitindo que até 825 estudantes paguem a antiga taxa.
“Consideramos que se trata de uma medida que ataca diretamente Montreal, e isso não é justo”, disse Plante aos jornalistas, na sua crítica mais forte até agora. “Se o Bishop’s já não tem esta regra, porque é que Montreal a tem?”
O aumento das propinas, que apenas afeta a McGill e a Concordia, faz parte de um esforço do Governo provincial para aumentar o financiamento das universidades francesas e reduzir o número de não francófonos nas instituições pós-secundárias de Montreal.