EMPRESAS CONTRATARAM 1777 SWAPS

O ex-secretário de Estado Costa Pina foi ouvido na comissão de inquérito
O ex-secretário de Estado Costa Pina foi ouvido na comissão de inquérito
O ex-secretário de Estado Costa Pina foi ouvido na comissão de inquérito
O ex-secretário de Estado Costa Pina foi ouvido na comissão de inquérito

As empresas públicas assinaram, de 1 janeiro de 1999 a 16 de julho deste ano, 1777 contratos derivados de gestão de risco, os conhecidos “swap”, num valor nominal de 335 mil milhões de euros, mais de duas vezes o PIB nacional.
De acordo com a listagem de swaps enviada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) à Comissão Parlamentar de Inquérito, a que o CM teve acesso, do total de contratos, o atual Governo conseguiu cancelar 55, entre 2012 e 2013, evitando uma perda potencial de 1,2 mil milhões de euros. A maioria dos contratos cancelados foram feitos com o BNP Paribas (20) e o HSBC (14).
Durante os últimos 14 anos, todos os governos, desde António Guterres a Passos Coelho, permitiram contratos swap. José Sócrates lidera o número de contratos swap que as empresas públicas subscreveram durante os dois mandatos: quase 900 e que totalizam 201 mil milhões em termos nominais. O também socialista António Guterres aparece em segundo lugar desta lista de assinaturas swap: foram 410 a partir em 2002. Segue-se Durão Barroso que viu, como primeiro-ministro, 252 contratos swap serem celebrados pelo Setor Empresarial do Estado, exatamente 252 no valor nominal de 48 mil milhões de euros.
Já Passos Coelho, com Maria Luís Albuquerque na pasta do Tesouro, permitiu 130 contratos swap, que totalizam 23,9 mil milhões de euros nominais. Santana Lopes foi o primeiro-ministro que menos contratos swap permitiu: 40. Mas, note-se, só esteve 10 meses à frente do Governo.