EMIGRANTES – “VIVER NO PAÍS NÃO É VIÁVEL”

Encontro nas Caldas da Rainha reuniu cerca de mil emigrantes numa homenagem da câmara à forma como se integraram
Encontro nas Caldas da Rainha reuniu cerca de mil emigrantes numa homenagem da câmara à forma como se integraram
Encontro nas Caldas da Rainha reuniu cerca de mil emigrantes numa homenagem da câmara à forma como se integraram
Encontro nas Caldas da Rainha reuniu cerca de mil emigrantes numa homenagem da câmara à forma como se integraram

Quem pensa em emigrar está convicto de que fora de Portugal encontrará emprego e um caminho para chegar à estabilidade financeira. Esse foi o sentimento transmitido pelos jovens participantes no Dia do Emigrante, realizado nas Caldas da Rainha, para homenagear a forma como os emigrantes se integraram nas comunidades no estrangeiro.
A maioria dos cerca de mil emigrantes presentes saíram do País há várias décadas, mas alguns jovens que pertencem à nova vaga de emigração decorrente da crise em Portugal manifestaram estarem cientes de que “ficar no País não é uma alternativa viável”, por não conseguirem arranjar um emprego que se adeque às suas habilitações académicas ou perspetivas.
Carla Ferreira tem 33 anos e foi trabalhar para a Suíça com o marido, no início do ano, no setor da hotelaria. O filho, de quatro anos, ficou em Portugal na casa dos avós maternos. “É doloroso ficar longe, mas só no estrangeiro é que posso ter condições de vida”, contou.
Ricardo Silva trabalha na área da comunicação social no Luxemburgo. Tem 36 anos e apostou numa mudança de vida. “Em Portugal, era impossível ter oportunidades dignas para trabalhar”, reconheceu.
Tânia Tavares, de 18 anos, gostou do ambiente que encontrou em Inglaterra, onde passou alguns meses, e aposta em encontrar emprego naquele país. Tenciona emigrar dentro de pouco tempo, porque está ciente de que “ficar em Portugal vai empatar a construção” do seu futuro”.
As novas gerações fazem parte de um novo perfil de emigrante, que na bagagem já não leva a mala de cartão, mas antes os seus conhecimentos técnicos e científicos. Regressar de vez está sempre no pensamento, mas só quando houver trabalho ou dinheiro suficiente.