EMIGRANTES PEDEM FORÇA EM FÁTIMA

Peregrinação dedicada aos emigrantes e refugiados começa hoje, no Altar do Mundo, onde ontem já se ouviram palavras de confiança e de esperança
Peregrinação dedicada aos emigrantes e refugiados começa hoje, no Altar do Mundo, onde ontem já se ouviram palavras de confiança e de esperança
Peregrinação dedicada aos emigrantes e refugiados começa hoje, no Altar do Mundo, onde ontem já se ouviram palavras de confiança e de esperança
Peregrinação dedicada aos emigrantes e refugiados começa hoje, no Altar do Mundo, onde ontem já se ouviram palavras de confiança e de esperança

São as roupas coloridas, os decotes e os chinelos nos pés que distinguem os emigrantes dos outros peregrinos de Fátima. Chegam em agosto, para passar férias, às aldeias que os viram nascer, mas guardam sempre algum tempo para uma ida ao santuário, para cumprirem promessas e renovarem a fé, através das orações, em busca de esperança e força para enfrentarem mais um ano de trabalho. A sua fé e a sua presença não passa despercebida aos responsáveis do santuário e da Igreja, que dedicam a peregrinação de 12 e 13 de agosto aos emigrantes e refugiados.
“É uma fé que tenho desde pequena e peço sempre força e coragem a Nossa Senhora de um ano para o outro”, diz Maria da Conceição Ferreira, de Vizela, emigrante na Suíça, enquanto Vítor Teixeira, natural do Porto, mas a residir na Alemanha, revela que vai a Fátima em busca de “novas forças para enfrentar o ano de trabalho”, que começa assim que regressar a casa.
Já Rosa Valente, da Lomba, emigrante no Luxemburgo, garante: “ Neste recinto procuro reforçar a fé e a esperança. A gente vai mais leve daqui, é uma coisa boa.” Ir a Fátima durante as férias é “obrigatório” para Cândido Costa, emigrante na Suíça e natural de Vagos. “Sentimo-nos melhor quando vamos daqui. Quem nunca cá veio que venha, porque é muito interessante”, diz, enquanto compra velas para deixar a arder no tocheiro. A peregrinação que hoje começa, no Santuário de Fátima, é dedicada aos emigrantes e refugiados, mas já ontem, na missa das 11h30, o reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, dedicou-lhes a homilia. É que grande parte dos emigrantes que ontem estiveram em Fátima, a rezar, a fazer as suas ofertas e a cumpriras suas promessas, hoje não irá participar nas celebrações oficiais do 12 e 13, pois os dias em Portugal são poucos.
“A mensagem que aqui nos deixou Nossa Senhora de Fátima é de esperança, mas é também uma pelo à confiança e à vigilância”, disse o reitor do santuário, perante os milhares de peregrinos que acompanhavam a missa no recinto, protegidos na sombra, porque o sol estava muito forte e o calor era insuportável.
O reitor do santuário deixou palavras de conforto, garantindo aos peregrinos que “não estamos sós. Deus não nos abandonará”, unindo-se depois numa oração única a Deus, para que “fortaleça a nossa confiança e nos faça discípulos atentos e vigilantes”.