O presidente da Comissão Europeia avisa que a unidade e integridade territorial da Ucrânia tem que ser respeitada e exortou a Rússia a trabalhar de forma construtiva com a União Europeia com vista a assegurar uma “Ucrânia unida”.
O apelo de José Manuel Durão Barroso foi feito perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, lembrando que a Alta Representante da União Europeia para a Política Externa, Catherine Ashton, se encontra em Kiev para ajudar a estabelecer pontes de entendimento para uma solução durável para a crise política e institucional que só pode ser alcançada através de um governo de transição inclusivo, que respeite as diferentes sensibilidades políticas e regionais, e através de uma reforma constitucional e eleições democráticas, tal como previsto no acordo de 21 de fevereiro.
Já depois desta declaração, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo assegurou que a Rússia não vai intervir na vizinha Ucrânia, mas considerou que o país não deve ser obrigado a escolher entre o Ocidente e a Rússia.
No terreno, o ex-campeão mundial de boxe e dirigente da oposição na Ucrânia Vitali Klitschko anunciou que será candidato às presidenciais antecipadas de 25 de maio, enquanto que o parlamento da Ucrânia pediu ao Tribunal Penal Internacional que julgue o presidente deposto Viktor Ianukovich pelo “assassínio em massa” de manifestantes em Kiev, mas sinais de preocupação chegam da Crimeia, região que fala russo, onde os protestos das últimas horas contra quem tomou o poder em Kiev, ganharam forma e levaram já a reuniões dos novos responsáveis políticos.