DOR NO ADEUS À OITAVA VÍTIMA DOS FOGOS

Milhares no último adeus a Daniel Falcão, o jovem que perdeu a vida num fogo. Daniel tinha 25 anos. Perdeu a vida, depois de 36 dias no hospital
Milhares no último adeus a Daniel Falcão, o jovem que perdeu a vida num fogo. Daniel tinha 25 anos. Perdeu a vida, depois de 36 dias no hospital
Milhares no último adeus a Daniel Falcão, o jovem que perdeu a vida num fogo. Daniel tinha 25 anos. Perdeu a vida, depois de 36 dias no hospital
Milhares no último adeus a Daniel Falcão, o jovem que perdeu a vida num fogo. Daniel tinha 25 anos. Perdeu a vida, depois de 36 dias no hospital

Foi em lágrimas, mas também debaixo de uma forte salva de palmas, que a família e os amigos se despediram de Daniel Falcão, o jovem que deu a vida na luta contra o fogo. Mais de mil pessoas estiveram no último adeus ao oitavo bombeiro que neste verão morreu no combate aos fogos florestais. Uma família destroçada, uma jovem com casamento marcado que agora se interroga sobre a justeza da vida. “O meu amor só queria viver”, gritava, emocionando todos os que ali se encontravam.
Mãe, pai, irmão e avó de Daniel entraram no cemitério amparados por amigos, que os ajudavam a carregar o peso da despedida; em silêncio, também choravam com eles. Momentos antes, o comandante da corporação tinha oferecido um capacete aos pais do bombeiro. Foi por esse sonho que o jovem morreu, foi na luta desigual a proteger as matas de alguém que todos os outros sonhos ficaram pelo caminho. “O Daniel vai deixar muitas saudades. Não tenho palavras para descrever o que sinto”, disse, no final da cerimónia, Luís Martins, comandante dos Bombeiros de Miranda de Douro, que já tinha perdido outro amigo no combate ao mesmo fogo. “Custa muito, por ser um colega, um jovem, um companheiro. Os bombeiros são uma família e é como se perdêssemos um irmão”, continuou Paulo Ferro, presidente da Juvebombeiro Nacional.
A Igreja da freguesia de Póvoa, Miranda do Douro, de onde Daniel era natural, rapidamente se encheu. O caixão foi carregado pelo irmão e por vários companheiros, que percorreram o trajeto até ao cemitério. Só os soluços de quem não conseguia esconder a dor cortavam o profundo silêncio. Daniel ficava ali, o coração parara 36 dias depois de as labaredas lhe terem destruído o corpo.