Como em todo o lado, e Portugal aqui não é exceção, há trabalhadores que trabalham em empresas privadas e há trabalhadores que trabalham em empresas públicas. As diferenças, às vezes, estão nas atitudes.
Os trabalhadores que trabalham em empresas privadas recebem o seu salário e pagam os respectivos impostos. Os trabalhadores que trabalham em empresas públicas também recebem o seu salário e pagam os respectivos impostos.
As empresas privadas, fruto do trabalho dos seus trabalhadores, têm, regra geral, lucro no seu exercício. E, por isso mesmo, também pagam os respectivos impostos. Os que apresentam prejuízo são penalizados pelo mercado e o seu crédito é posto em risco. Se os prejuízos persistirem, não há outra solução se não a insolvência.
As empresas públicas, fruto do trabalho dos seus trabalhadores, têm, regra geral, prejuízo no seu exercício. E, por isso mesmo não pagam impostos. E quando os prejuízos persistem não são penalizados pelo mercado e não são sujeitos à figura da insolvência.
A única solução é privatizar, porque obrigar a gerir bem é coisa que a coisa pública desconhece. E o mais caricato é que quando se fala em privatizar, surgem os descontentes e as contestações. Quem se habituou a trabalhar de acordo com os padrões das empresas públicas, não quer experimentar outra exigência. Então acusam-se as sucessivas administrações públicas de negligentes e os responsáveis pelas suas nomeações. E os que lá trabalham, todos os dias, não deveriam defender a saúde das empresas? Mas pelos vistos, estão mais preocupados em defender o seu posto de trabalho dentro de uma organização pública falida, do que numa organização privada rentável, onde caiba o seu posto de trabalho.
As atitudes são assustadoras para quem está de fora a assistir. E, prova disso, é o facto de se saber que a percentagem de funcionários do Estado, em Portugal, candidatos à emigração, ser muito diminuta. Quem emigra e engrossa as vastas comunidades, são os portugueses com ambição.
A Direção