Maputo, 19 out (Lusa) – O líder da oposição moçambicana, Afonso Dhlakama, assegurou a um conjunto de diplomatas acreditados em Maputo que não recorrerá à violência e tenciona permanecer na capital moçambicana para dialogar com o Governo cenários pós-eleitorais, admitindo um executivo de unidade nacional.
O presidente da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) manteve um encontro na sexta-feira com diplomatas da União Europeia, Noruega, Suíça e Canadá, durante a qual afirmou que não pode aceitar resultados de uma votação que considerou “uma fantochada”, desconhecendo se vai impugnar as eleições gerais de quarta-feira, porque desconfia de um “sistema todo armadilhado”, disseram à Lusa fontes que acompanharam a reunião.
Dhlakama assegurou que vai permanecer em Maputo, porque quer manter-se perto do corpo diplomático e das autoridades moçambicanas, anunciando que tencionava telefonar ao Presidente moçambicano, Armando Guebuza, com o qual assinou a 05 de setembro um acordo para encerrar as hostilidades militares que afetaram a região centro do país durante 17 meses.