Uma deputada federal de Manitoba está a pedir um boicote ao filme “Fifty Shades of Grey” (As 50 Sombras de Grey), alegando que o filme apoia a humilhação, a degradação e o abuso físico e emocional da mulher, noticiou a Canadian Press.
Joy Smith, uma Conservadora que representa um distrito eleitoral da área de Winnipeg, diz que ela própria não viu o filme.
Mas Smith salienta que as representações da escravidão e sadomasoquismo no filme incentivam as pessoas a ver a violência contra as mulheres como normal.
E.L. James, que escreveu a popular trilogia do livro “Fifty Shades of Grey”, explicou que tudo o que se passa nos livros e no filme é seguro e consensual.
Smith responde que ela trabalhou por anos com vítimas de abuso, e que muitas vezes estas concordam em degradar atividades por medo, ou porque acreditam que isso é esperado da parte delas.
Smith afirma que é errado que o filme tenha sido lançado para o Dia dos Namorados.
“Isso não é amor. Não é uma história de amor. É uma história de abuso de mulheres”, sublinhou Smith no sábado, em Winnipeg.
O filme, que estreou na sexta-feira, é sobre uma estudante universitária e o seu tórrido romance com um bilionário de 27 anos de idade, com uma propensão para o “bondage”, disciplina, sadismo e masoquismo.
Smith comparou-o com o filme de 1990 “Pretty Woman”, que mostrava uma prostituta que conhece um homem bonito e rico. Ela disse que na vida real, isso não acontece dessa forma.
Smith revelou que tem recebido centenas de e-mails de apoio, desde que que apelou ao boicote. A maioria, segundo ela, são de mulheres que compartilham as suas próprias histórias.
Ela disse que duvidava que a maioria das mulheres que compraram o livro “As 50 Sombras de Grey”, ou estão a pensar ir ao cinema, sabem o que este, na verdade, fala, antes de pagarem a sua admissão.