O clube europeu tem um novo membro. Após oito longos anos de negociações e reformas, a Croácia tornou-se esta madrugada no 28º Estado-membro da União Europeia, mas, desta vez, a euforia foi contida devido à crise económica.
Com a economia croata mergulhada, pelo quinto ano consecutivo, na mais grave recessão desde o final da guerra de independência, em 1995, a adesão à UE é vista por muitos empresários como uma tábua de salvação de um país que tem a terceira maior taxa de desemprego (18,1%) da Europa a 28.
O entusiasmo popular pela adesão à UE foi esmorecendo com os anos: dos 80% que há oito anos apoiavam incondicionalmente a entrada do país na UE restam pouco mais de 50%.
A crise que afeta a UE é uma das razões para esta desmotivação, mas o presidente Ivo Josipovic não tem dúvidas de que se trata de um passo necessário.
“Muitos jornalistas europeus perguntam-me porque é que a Croácia continuava a querer entrar na UE. Eu respondolhes:‘Vocês estão na UE. O vosso país quer sair? Claro que não respondem.’ É por isso mesmo que queremos entrar, porque achamos que a UE tem futuro”, diz.
Durão Barroso concorda. O presidente da União Europeia diz que a adesão “devolve a Croácia ao seu lugar de direito no coração da Europa” e o seu contributo para a UE “será uma história de sucesso”.