À medida que aumentam os receios de desaceleração da economia nos Estados Unidos da América (EUA), Wall Street e os mercados globais despencaram a 5 de agosto.
Esta queda nas ações tornou a primeira segunda-feira do mês um dia assustador, lembrando a crise de 1987 que varreu o mundo e atingiu Wall Street com perdas ainda maiores.
O S&P 500 caiu 3%, sendo o seu pior dia em quase dois anos. O Dow Jones Industrial Average cambaleou em 1.033 pontos, ou 2,6%, enquanto o Nasdaq Composite caiu 3,4%, enquanto a Apple, Nvidia e outras empresas Big Tech que costumavam ser as estrelas do mercado de ações continuaram a murchar. O Nikkei 225 do Japão contribuiu para este declínio de dia 5, caindo 12,4%, sendo o seu pior dia desde o crash da Black Monday de 1987.
Esse foi o último dado sobre a economia dos EUA a vir mais fraco do que o esperado, e tudo isso levantou o medo de que o Federal Reserve tenha travado demais a economia dos EUA por muito tempo, devido às altas taxas de juros praticadas para sufocar a inflação.
Os investidores profissionais alertaram que alguns fatores técnicos podem ter amplificado a ação nos mercados, e que as quedas podem ser exageradas.
O índice Kospi da Coreia do Sul caiu 8,8%, e o bitcoin caiu abaixo de 54.000 dólares de mais de 61.000 dólares, a 2 de agosto. Até mesmo o ouro, que tem a reputação de oferecer segurança em tempos tumultuados, caiu cerca de 1%.
No Canadá, na sexta-feira, o principal índice de ações canadianas fechou em queda de 2,1%, sendo a maior queda diária desde meados de fevereiro. Mas o feriado do ‘Civic Day’ na segunda-feira ajudou a evitar impactos mais fortes para os investidores canadianos.
“As ações canadianas não caíram mais na segunda porque o mercado estava fechado [e] agora estão se recuperando” afirmou Colin Cieszynski, estrategista-chefe de mercado da SIA Wealth Management.
Na manhã de terça-feira, a situação ficou mais calma depois do mercado japonês disparar, recuperando grande parte das perdas. Em todo o mundo, a grande maioria das ações voltou a subir. Relatórios de lucros mais fortes de várias grandes empresas nos Estados Unidos também ajudaram a apoiar o mercado.