Crime: Polícia de Toronto responde a aumento de casos de violência doméstica

Foto: Facebook Toronto Police Service

O Serviço de Polícia de Toronto (TPS) está a implementar iniciativas para combater a epidemia de violência nas relações íntimas, conhecida como violência doméstica, na cidade, mas os defensores das vítimas continuam a exigir que as autoridades façam mais.

Numa reunião do conselho de polícia a 12 de novembro, a polícia reconheceu que a cidade de Toronto está a registar um aumento de chamadas relacionadas com violência entre parceiros íntimos.

Desde 1 de janeiro até 12 de novembro de 2024, os agentes responderam a mais de 15.200 incidentes de violência entre parceiros íntimos, já ultrapassando o número registado em todo o ano de 2023, quando as chamadas foram cerca de 15 mil.

O chefe da Polícia de Toronto, Myron Demkiw, salientou que há muitas vítimas que sofrem em silêncio e que a violência entre parceiros íntimos vai além do abuso físico, podendo incluir abuso financeiro, emocional ou espiritual, juntamente com controlo coercivo.

A Polícia de Toronto reconheceu ainda novembro como o mês de sensibilização para a violência nas relações entre parceiros íntimos e comprometeu-se a fazer mais através de uma abordagem abrangente de educação e aplicação da lei.

Entre os novos compromissos do Serviço de Polícia de Toronto estão a prevenção através da promoção dos recursos disponíveis na comunidade, o aumento da sensibilização do público para os recursos, em colaboração com os parceiros comunitários, e a disponibilização de formação interna aos polícias e outros membros do serviço policial.

Estas estratégias incluem o envio de panfletos e cartazes educativos e a criação de podcasts centrados na violência entre parceiros íntimos. Em 2024, o serviço policial vai lançar o programa ‘Project Hope’, que fornecerá recursos para os novos canadianos na cidade.

Os defensores apreciam os planos apresentados, mas continuam a apelar por mais, reforçando que devem ser envolvidos a comunidade, sobreviventes e organizações que trabalham com vítimas e famílias.

As organizações que trabalham com vítimas e sobreviventes acrescentam que a polícia deve adotar algumas das suas estratégias e analisar as causas profundas da violência nas relações íntimas.