Nova Deli, 21 set 2020 (Lusa) – O Taj Mahal, o monumento mais visitado na Índia, reabriu hoje após seis meses encerrado por causa da pandemia, apesar de o número diário de novos casos de covid-19 no país se manter perto dos 90 mil.
Com uma população de 1,3 mil milhões de pessoas, a Índia é o segundo país do mundo com o maior número de infeções, depois dos Estados Unidos, totalizando mais de 5,4 milhões de contágios desde o início da pandemia.
Apesar disso, o Governo indiano está gradualmente a abrandar as regras instauradas para combater a pandemia, levantando restrições aos voos domésticos e à circulação de comboios ou à reabertura de mercados e restaurantes.
Encerrado ao público desde 17 de março, o Taj Mahal recebeu hoje novamente visitantes, depois de a reabertura, inicialmente anunciada para o início de julho, ter sido adiada pelo Ministério da Cultura indiano, devido ao aumento de casos no país.
Construído no século XVII no norte da Índia, em Agra, 200 quilómetros a sul de Nova Deli, o mausoléu de mármore branco regista sete milhões de visitantes por ano.
O monumento, considerado Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, foi construído em homenagem à segunda mulher do imperador Shah Janan, a princesa Mumtaz Mahal, que morreu em 1631.
O anúncio da reabertura foi feito há duas semanas, tendo as autoridades garantido que a medida vai ser acompanhada de “todos os protocolos relacionados com a covid-19”, incluindo uso obrigatório de máscara, medição da temperatura à entrada e limite ao número máximo de visitantes, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).
Apenas cinco mil visitantes serão admitidos por dia, um quarto do número habitual, informaram as autoridades.
A Índia é o segundo país do mundo com o maior número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro com mais mortos, depois daquele país e do Brasil.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 957.948 mortos e mais de 30,8 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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