Maputo, 18 set 2020 (Lusa) — Um total de 367 moçambicanos, entre imigrantes ilegais e prisioneiros, regressaram na quarta-feira ao país, vindos da África do Sul, no âmbito do combate à covid-19 naquele país, disse hoje à Lusa fonte da migração.
A medida tem como objetivo aliviar a lotação de algumas instalações e serviços públicos.
“Os prisioneiros foram indultados para descongestionar as cadeias devido à pandemia”, referiu Juca Bata, porta-voz do Serviço Nacional de Migração (Senami) na província de Maputo.
“O regresso aconteceu no dia 16 e, deste grupo, dois eram menores, um de 18 meses e outro de seis anos”, acrescentou.
Os repatriados, 352 homens e 15 mulheres, fizeram testes ao novo coronavírus, tendo sido também recolhidos os seus contactos e de familiares para seguimento caso os resultados sejam positivos.
“Todos estão já nos seus destinos e aquele que estiver infetado será contactado”, frisou Juca Bata.
Do total de regressados, 251 eram imigrantes ilegais e os restantes 116 estavam detidos na África do Sul por, entre outros crimes, tráfico de drogas, caça furtiva, falsificação de documentos e homicídio voluntário.
Os repatriados, que foram recebidos na fronteira de Ressano Garcia, seguiram para a cidade e província de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica, Sofala, Tete e Zambézia.
Desde que foi anunciado o primeiro caso de covid-19 em Moçambique, a 22 de março, o país já registou 6.264 casos positivos, 40 óbitos e 3.502 recuperados (56% do total de casos), indicam os últimos dados das autoridades de saúde.
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