Os números de vendas dos conselhos imobiliários locais, divulgados na primeira semana de julho, mostram que as vendas de imóveis no mês de junho não apresentaram grande aumento após o corte de um quarto de ponto percentual na taxa de juro feito pelo Banco do Canadá, a 5 de junho.
“Apesar do corte da taxa do Banco do Canadá no início do mês passado, muitos compradores mantiveram as suas decisões de compra de imóveis em espera”, disse o Toronto Regional Real Estate Board (TRREB) no seu relatório mensal que mostrou uma queda anual nas vendas de imóveis em junho.
A presidente da TRREB, Jennifer Pearce, disse que a pesquisa realizada para o conselho local revelou que uma flexibilização cumulativa de 100 pontos-base seria necessária para impulsionar as vendas de imóveis “em qualquer quantia significativa”.
O Conselho Imobiliário da Grande Vancouver também ecoou as conclusões de que a hesitação dos compradores persistiu em junho, com as vendas de imóveis no mercado metropolitano do oeste também se mantendo abaixo dos níveis sazonais.
Christopher Alexander, presidente da Re/Max Canadá, partilhou que a situação do mercado imobiliário de Ontário e da Colúmbia Britânica mantém-se sem diferenças, em oposição à situação excecional de Alberta, pela acessibilidade que atrai compradores de várias províncias.
Phil Soper, CEO da Royal LePage, também se pronunciou, referindo que as reações aos menores custos dos empréstimos começam a dar os primeiros passos junto dos proprietários existentes que começaram a listar as suas propriedades.
Alexander acredita que os proprietários atuais primeiro querem vender, para depois poderem comprar e aproveitar a queda nas taxas de hipotecas ao longo do ano.
Alexander e Soper acreditam que o corte de 25 pontos-base não foi suficiente, sendo necessário mais cortes para que os compradores ganham mais confiança em arriscar, quer no domínio da compra de habitação, quer no domínio da construção de habitação.
O governador do Banco do Canadá, Tiff Macklem, disse que o banco central provavelmente reduzirá ainda mais a sua taxa básica de juros se a inflação continuar a diminuir de acordo com as suas previsões.