Em quatro meses caiu para mais de metade o abate de equídeos. Em janeiro entraram no mercado 73 toneladas de carne de cavalo; em abril as vendas foram de 36 toneladas, o que traduz uma redução de 51%.
A baixa das vendas teve início em fevereiro, mês em que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) começou a realizar uma vigilância apertada à introdução comercialização de carne de cavalo em produtos alimentares disponíveis no mercado.
Em janeiro, antes de serem conhecidos casos em Portugal de embalagens de carne picada de vaca com a presença de ADN de cavalo, foram abatidas no nosso país 432 cabeças de equídeos. Em fevereiro, ao serem divulgados sucessivos casos de estabelecimentos que vendiam cavalo por vaca, o total de abates baixou para 360 cabeças.
Um mês mais tarde, quando a ASAE divulgou ter detetado fenilbutazona em duas amostras, uma de hambúrgueres e outra de almôndega com vestígios de cavalo, houve nova queda no abate, desta vez para 321 cabeças. O anti-inflamatório fenilbutazona é uma substância tóxica, capaz de provocar problemas gastrointestinais, que é usada para tirar a dor aos animais.
Os dados de abril revelaram nova baixa no mercado para 204 cabeças abatidas, revela o último Boletim Mensal de Estatística, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística.