Os gigantes de cabo aumentaram a sua batalha legal contra os negociantes canadianos que vendem caixas Android totalmente carregadas.
Com um software especial adicionado, as caixas permitem que os clientes possam transmitir uma grande variedade de conteúdo pirata, incluindo desportos ao vivo, nas suas TVs – de graça.
De acordo com documentos judiciais, os queixosos Bell Canada, Rogers e Videotron do Quebec adicionaram 11 réus à sua ação legal apresentada no Tribunal Federal.
Inicialmente, as três empresas de cabo nomearam cinco retalhistas no caso e conseguiram uma sentença judicial temporária, no dia 1 de junho, para impedi-los de vender as caixas carregadas até que a questão seja resolvida.
Os queixosos procuravam uma sentença judicial temporária contra todos os negociantes da caixa de Android, mas o juiz rejeitou isso e permitiu que mais réus fossem adicionados ao caso.
Os 11 novos réus, acrescentados em 20 de junho, tinham 14 dias para cumprir a sentença ou desafiá-la.
Alguns pequenos retalhistas dizem que não entendem por que eles fazem parte do processo.
O negócio da caixa de Android tornou-se um flagelo para os gigantes de cabo porque os retalhistas muitas vezes comercializam-nas como uma forma de obter “televisão de acesso gratuito” e um corte nas faturas de cabo por uma taxa única que varia entre 40 e 250 dólares.
Os dispositivos são semelhantes à Apple TV, mas o seu software adicional permite que os clientes possam transmitir uma vasta gama de filmes não autorizados e programas de TV.
A declaração de reclamação dos queixosos mostra como os utilizadores da caixa podem até mesmo ter acesso a TV ao vivo, como o Rogers Sportsnet – sem uma assinatura por cabo.
Em documentos judiciais, a Bell, Rogers e Videotron dizem que este é um caso de “violação flagrante de direitos autorais” e que os revendedores da caixa têm “induzido e autorizado” clientes a assistir a conteúdo ilegal.
Os provedores de cabo também argumentam que eles estão injustamente a perder clientes para o negócio da caixa de Android.
A CBC News descobriu as caixas Android carregadas anunciadas em sites BestBuy e Amazon, mas sem qualquer menção da vantagem adicional de “televisão de acesso gratuito.” Nenhuma das empresas foi nomeada no caso.
Entretanto, uma fonte próxima ao caso disse à CBC News que as companhias de cabo não podem ter como alvo as pessoas que fazem o software para as caixas de modo que escolheram apontar baterias para os revendedores.
Fonte: CBC News