É uma intervenção que usa dispositivos novos para tratar a oclusão crónica das artérias coronárias (ou seja, artérias do coração obstruídas há mais de três meses). A técnica foi aplicada pela primeira vez em Portugal no Hospital de Santo António (HSA), no Porto, e permite ter maior segurança, menor exposição à radiação e uma taxa de sucesso superior a 90%.
“As oclusões coronárias crónicas são as lesões mais complicadas de abordar por intervenção percutânea. O aparecimento do ‘Bridge Point’ constitui um avanço assinalável nesta área. É constituído por três componentes: micro cateter, balão e fio similares às das lesões não oclusivas”, descreveu João Silveira, cardiologista de intervenção do Hospital de Santo António, que utiliza a técnica. “Permite, de uma forma rápida, o tratamento percutâneo das oclusões crónicas. A probabilidade de romper a artéria é praticamente nula. É um sistema altamente eficaz e seguro no tratamento destas lesões complexas”.