CHAMAS SEM TRÉGUAS

Mais de duas dezenas de pessoas feridas pelos fogos para proteger os bens
Mais de duas dezenas de pessoas feridas pelos fogos para proteger os bens
Mais de duas dezenas de pessoas feridas pelos fogos para proteger os bens
Mais de duas dezenas de pessoas feridas pelos fogos para proteger os bens

Os incêndios de grandes dimensões que nos últimos dias fustigaram o Norte e Centro do País provocaram mais de duas dezenas de feridos: pessoas que, em desespero, se atiraram para a frente das chamas para protegerem os seus bens. O caso mais grave ocorreu no domingo à tarde em aldeias de Aguiar da Beira, distrito da Guarda, com sete feridos, um dos quais em estado muito grave.
Apesar de compreenderem o desespero, as autoridades estão preocupadas com o número de pessoas que ficaram feridas no combate às chamas. As pessoas querem ajudar os bombeiros e, sobretudo, travar o avanço do fogo para protegerem os seus bens. No entanto, muitas colocam em risco a própria vida. Foi o que aconteceu no domingo à tarde em várias aldeias de Aguiar da Beira, por onde um incêndio com várias frentes avançou descontroladamente, destruindo culturas e barracões agrícolas. “Viveram-se momentos muito complicados”, reconhece Manuel Pinto, residente na aldeia de Dornelas, que ajudou no combate às chamas.
Só na zona de Aguiar da Beira registaram-se sete feridos. Uma mulher sofreu queimaduras graves nas vias respiratórias e corre risco de vida.
Por contabilizar está o número de bombeiros feridos em combate às chamas neste verão. Segundo o CM apurou junto de várias fontes, dezenas de bombeiros já sofreram queimaduras ligeiras e intoxicações.
Ontem o dia voltou a ser complicado para os bombeiros, que foram chamados a intervir em cerca de 200 ocorrências – os fogos de maiores dimensões eclodiram em Monsanto (Idanha-a-Nova), Sátão, São Pedro do Sul, Sernancelhe e Boticas. Nos últimos cinco dias registaram-se mil incêndios. O distrito de Viseu voltou ser atacado por fogos. A maioria deles deflagrou ao início da tarde. Em Macieira, no concelho de São Pedro do Sul, o incêndio reacendeu-se e mobilizou mais de 100 homens, apesar dos trabalhos de vigilância.