CGTP CANCELA MANIF NA PONTE

CGTP
(Foto de João Miguel Rodrigues)
O líder da CGTP, Arménio Carlos, reuniu ontem a central sindical para preparar a estratégia (Foto de João Miguel Rodrigues)
O líder da CGTP, Arménio Carlos, reuniu ontem a central sindical para preparar a estratégia (Foto de João Miguel Rodrigues)

A CGTP acabou ontem por recuar, e vai realizar um protesto em Alcântara, ao invés de uma marcha em cima da ponte 25 de Abril, que liga Almada e Lisboa, no dia 19 de Outubro. A decisão foi ontem tomada, depois de reunida a comissão executiva e o conselho nacional da central sindical. Foi esta a resposta à proibição anunciada pelo Governo, que sugeriu que os sindicalistas poderiam optar pela ponte Vasco da Gama.
Perante o impasse, a CGTP desmarcou o protesto pedonal na ponte, contra a austeridade, mas os manifestantes, com lugar marcado em autocarros, seguirão na ponte rumo à avenida de Ceuta, Alcântara.Ou seja, a marcha far-se-á em caravana no tabuleiro da ponte, de Almada para Lisboa. Há 19 anos, recorde-se, a ponte ficou bloqueada pelo protesto contra o aumento do preço das portagens.
O líder da CGTP, Arménio Carlos, anunciou o recuo depois de já ter sido informado pelo Governo de um despacho conjunto do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e do ministro da Economia, António Pires de Lima, a proibir a manifestação na ponte 25 de Abril. No texto, alegam-se “estritas razões constantes nos pareceres técnicos”. Em causa estão situações de pânico ou perigo de eletrocussão.
O Executivo considerou ainda que a ponte é uma infraestrutura “crítica”, com trânsito rodoviário e ferroviário, distribuído em dois tabuleiros e com acessos entre ambos.
A CGTP já tinha aliás identificado 17 pontos de acesso e mostrado total disponibilidade para assegurar que ninguém entrava no tabuleiro onde circula o comboio.
Ontem, no Parlamento, Miguel Macedo lembrou que nenhuma das questões de segurança e legalidade “foi até agora contestada”.