O número de homossexuais que pedem ajuda à Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) aumentou nos últimos dois anos. Segundo Daniel Cotrim, assistente técnico da APAV, representam 5 a 6% do total de atendimentos registados em 2012. São cerca de 1150 pedidos de ajuda de um dos elementos de casais homossexuais.
Os casos de violência doméstica em casais gays (homens) são mais frequentes do que nos lésbicos (mulheres). “É a nossa perceção. Só a partir do próximo ano vamos ter dados com distinção entre casais hétero e homo”, explicou Daniel Cotrim, dando conta que Lisboa, Porto e Setúbal são os locais com mais casos.
A chantagem de revelar a homossexualidade e a ameaça de expulsar o companheiro de casa são os tipos de violência mais frequentes. A violência física é mais comum nos casais gays. Não há registo de casos mortais.
À semelhança dos heterossexuais, a violência é umadas razões para o divórcio nos casais homossexuais. Tuxa e Manuel, que se casaram em 2010, fazem parte dessa estatística. Em 2012, segundo o INE, foram registados 18 divórcios, 12 entre homens. Casamentos, revelou o Ministério da Justiça, foram 1 111 de junho de 2010 a agosto deste ano.