CASO BPN: BDP ACUSADO DE INSTRUIR PROCESSOS PARA “LAVAR A CARA”

LusaSantarém, 12 nov (Lusa) — O Banco de Portugal foi hoje acusado, nas alegações finais de dois dos arguidos do processo Contas Investimento do BPN, de se ter demitido do papel de supervisão, instruindo processos para “lavar a cara” de quem tem “consciência muito pesada”.

Assumindo um tom deliberadamente “duro”, Nuno Morais, mandatário de Armando Pinto, um dos arguidos, que recorreu para o Tribunal da Concorrência e Supervisão da contraordenação de 35.000 euros imposta pelo BdP pela não inscrição das Contas Investimento na contabilidade do Banco Português de Negócios, considerou este processo e o relativo ao Banco Insular como “dos episódios mais tristes na vida administrativa do Estado de Direito após o 25 de Abril”.

Tal como fez depois Carlos Almeida Lemos, mandatário de Teófilo Carreira, outros dos arguidos. O advogado Nuno Morais lamentou, assim, ter visto passar pela cadeira das testemunhas pessoas “com tantas ou mais responsabilidades” que as que foram acusadas neste processo.