Um grupo de cientistas internacionais, diz que o Canadá precisa garantir que as suas vastas florestas do norte se mantenham saudáveis em face da crescente pressão industrial.
Num artigo previsto de ser apresentado no Congresso Internacional de Biologia da Conservação, em Baltimore, Maryland, os autores do mesmo argumentam que o Canadá necessita preservar cerca de metade da sua floresta boreal. Isso é significativamente mais do que os 10 por cento que pesquisadores de nível anteriormente pensavam ser necessário para conservar os sistemas naturais.
A floresta boreal é uma enorme extensão de verde que atravessa a parte norte da maioria das províncias e as extremidades sul dos territórios. Os seus 5.8 milhões de quilómetros quadrados de florestas, taiga, tundra, turfeiras, restingas, rios e lagos incluem os maiores blocos de floresta intacta e zonas húmidas deixados na Terra – mais de metade da floresta boreal intacta do mundo e a maior área de superfície de água doce. É também o lar de caribus, ursos, carcajus, linces e lobos, bem como de muitas comunidades indígenas que dependem dele para alimentação e sustento cultural.
O relatório aponta o aumento da atividade industrial.
Os autores sublinham que cerca de 730.000 quilómetros quadrados já foram perturbados por (exploração de) petróleo e gás, mineração, silvicultura e desenvolvimento “hyro”. Muitas espécies boreais desde o caribu da floresta ao salmão do Atlântico e as toutinegras do Canadá, aparecem nas listas de risco.
O Canadá teve a maior parte dos gastos mundiais de exploração mineral em 2011, na sua maioria na floresta boreal.