Há 100 dias que Olivia Chow dirige a Câmara Municipal de Toronto. A autarca tem sido bem-sucedida com o avanço da sua agenda, mas ainda há vários desafios pela frente.
Esta sexta-feira, dia 20 de setembro, Olivia Chow atingiu o marco de 100 dias no cargo de presidente da Câmara de Toronto. Ao fazer um balanço deste período, a autarca diz que é hora de guardar os vários cartões de parabéns que recebeu, aquando a da sua nomeação.
Com efeito, este pode ser um sinal de que a temporada de celebração, bem como de transição, acabou.
Nos primeiros 100 dias, Chow procurou deixar a sua marca no gabinete da presidência da Câmara e na agenda do Conselho Municipal.
Nas últimas semanas, priorizou o apoio a abrigos para requerentes de asilo, melhorou o serviço de trânsito, aumentou o imposto sobre casas vazias e prometeu aprovações rápidas para o ‘CaféTO’, o programa sazonal de esplanadas, alvo de queixas de proprietários de empresas.
Mas “isto é apenas o início”, garante a autarca. “Há muito mais para fazer.”
De acordo com os especialistas, os verdadeiros testes à sua liderança estão para vir, nomeadamente no que toca aos seus dois dossiers mais importantes: a habitação a preços acessíveis e as finanças da cidade.
Chow vai entrar no processo orçamental de 2024 com um défice estimado em 1,5 mil milhões de dólares e sem clareza imediata sobre a forma de o colmatar. E a sua promessa de campanha de fazer com que a cidade volte a construir habitações de aluguer acessíveis exige tempo e vontade política.
Ainda assim, já procurou fazer progressos. Acelerou as discussões sobre um plano financeiro a longo prazo, que foi aprovado pelo conselho e acompanhado de novos impostos sobre a venda de casas de luxo. Pondera ainda uma série de instrumentos geradores de receita, desde uma taxa de estacionamento a uma política plurianual de impostos sobre a propriedade.