CADEIA DOS FAMOSOS VIVE NOITE DE TERROR

Vários reclusos preparavam-se para um motim, ontem, ao final da tarde, na cadeia da Carregueira (Foto de João Miguel Rodrigues)
Vários reclusos preparavam-se para um motim, ontem, ao final da tarde, na cadeia da Carregueira (Foto de João Miguel Rodrigues)
Vários reclusos preparavam-se para um motim, ontem, ao final da tarde, na cadeia da Carregueira (Foto de João Miguel Rodrigues)
Vários reclusos preparavam-se para um motim, ontem, ao final da tarde, na cadeia da Carregueira (Foto de João Miguel Rodrigues)

Setenta reclusos da cadeia da Carregueira, em Sintra, preparavam-se para um motim, ontem, ao final da tarde, depois de dois colegas da ala B – que fica no lado oposto à de presos famosos como Carlos Cruz ou Isaltino Morais – terem sido revistados após a visita e de lhes ter sido encontrada droga na boca. Os dois reclusos em causa foram colocados em isolamento como medida preventiva – e os restantes colegas começaram a gritar, a querer sair da cadeia.
A partir daí foram incendiados alguns colchões das celas e praticamente todos os guardas da cadeia tiveram de ser concentrados naquela ala. Dois guardas prisionais tiveram de receber assistência médica devido à inalação de fumo. Quarenta reclusos recusaram-se a jantar.
ntem, à hora de fecho desta edição, os ânimos estavam mais calmos, mas os guardas mantinham-se em força naquela ala, para evitar novos desacatos. Ao que CM apurou, os dois reclusos que foram isolados estão a cumprir pena por assaltos. É na prisão da Carregueira que estão vários presos famosos, como Isaltino Morais, Vale e Azevedo, Carlos Cruzou Ferreira Diniz.
Ao final da tarde, era visível fumo negro a sair de uma das janelas da ala B devido aos colchões incendiados. Foram os guardas que apagaram o incêndio, embora com dificuldade, como contou fonte prisional.
É que os procedimentos de segurança obrigam a que sejam abertas todas as portas para não haver o perigo de os reclusos acabarem cercados pelas chamas. Confrontado com a situação, Júlio Rebelo, presidente do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional, diz que é principalmente nestes casos que se nota a falta de efetivos nas cadeias. “É complicado acalmar reclusos quando eles gritam para sair ou quando há confusão. É necessário formar mais guardas prisionais”.