

Francisco Barros é o cabo-verdiano que os EUA anunciaram na última semana ser um importante traficante de droga internacional, mas rejeita as suspeitas e afirmou-se disponível para depor perante as autoridades numa declaração à agência portuguesa de notícias, Lusa.
Para o alegado suspeito, podem notifica-lo que está disposto a comparecer e ser ouvido, mas adianta que tem o direito de apresentar defesa, mostrando-se consciente da acusação de tráfico de droga mas negando ser verdade, afirmando mesmo que é falsa, e nunca fez isso.
Francisco Barros considera por isso que se trata de uma cabala contra a sua imagem, estando neste momento na capital da Guiné-Conacri, onde estima ficar mais cinco a dez dias, antes de regressar a Bissau, onde reside com a mulher e três filhos.
O cabo-verdiano, de 47 anos, justificou a ausência de Bissau desde o alerta dos EUA por mera coincidência, adiantando que é amigo do antigo chefe da Marinha guineense, Bubo na Tchuto, detido em Nova Iorque e que já se deu como culpado depois de apanhado numa ação antidroga em 2013.
O cidadão cabo-verdiano confirma no entanto, que manteve negócios com ele e com colombianos, mas apenas para venda de viaturas, única atividade que diz manter desde que chegou à Guiné-Bissau, em 2004, para além de trabalhar num bar e restaurante local.
Francisco Barros diz ser o “bode expiatório” numa história “mal contada”, mas que pretende ver clarificada, e diz não ter medo dos americanos porque não é criminoso.
Numa conversa em que por mais que uma vez disse estar de consciência tranquila e não ter nada a temer, Barros referiu que se for questionado vai mostrar a sua inocência e remata dizendo que se fosse um grande barão da droga não vivia em Bissau.
O Presidente dos EUA enviou para a Câmara dos Representantes um relatório identificando o cabo-verdiano Francisco de Fátima Frederico Barros como um importante traficante de droga internacional.