BOLÍVIA DENUNCIA ‘ATO DE AGRESSÃO’

Rumor sobre presença de Snowden cria incidente diplomático
Rumor sobre presença de Snowden cria incidente diplomático
Rumor sobre presença de Snowden cria incidente diplomático
Rumor sobre presença de Snowden cria incidente diplomático

A Bolívia acusou ontem Portugal, Espanha, França e Itália de porem em risco a vida do seu presidente, Evo Morales, por recusarem a passagem do avião presidencial boliviano pelo seu território, considerando que se tratou de um “ato de agressão” instigado pelos EUA e alimentado pelo falso rumor de que estaria a bordo o ex-analista da CIA Edward Snowden.
Morales, que regressava de uma conferência sobre Energia na Rússia, foi obrigado a aterrar terça-feira em Viena, na Áustria. Um incidente diplomático que o presidente boliviano comparou a um “sequestro” e que considerou uma“ ofensa contra a Bolívia e toda a América Latina”. Segundo o governo boliviano, o avião presidencial não foi revistado, mas o vice-chanceler alemão, Michael Spindelegger, referiu que o presidente Morales garantiu que Snowden não estava a bordo e permitiu uma inspeção.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou ter cancelado, “por considerações técnicas”, o sobrevoo do território nacional e a aterragem em Lisboa do avião presidencial. A decisão foi comunicada às autoridades bolivianas segunda-feira e, apesar de a proibição de sobre voo do território nacional ter sido levantada no mesmo dia, estas “continuaram a insistir” na aterragem do avião de Morales em Lisboa. O Governo português adiantou que “lamenta qualquer incómodo”, mas diz que o mesmo foi provocado pela“ insistência” das autoridades bolivianas, “que não aceitaram percurso alternativo e insistiram num procedimento que teria violado a soberania”.