BANCA DE MACAU QUER ACELERAR COOPERAÇÃO FINANCEIRA COM PAÍSES LUSÓFONOS

Macau, China, 11 jun 2020 (Lusa) — A Associação de Bancos de Macau (ABM) quer acelerar a cooperação financeira com os países lusófonos, uma promessa que surge após acordos firmados em 2019 em Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau.

A promessa foi feita durante a assinatura na quarta-feira de dois protocolos com o Instituto Politécnico de Macau (IPM), um relacionado com bolsas de estudo e outro na área da tradução automática com recurso à inteligência artificial.

O presidente da ABM, disse acreditar que, “através da assinatura dos protocolos de cooperação com o IPM, promover-se-á, de forma pragmática, a entrada em funcionamento das tecnologias financeiras em Macau, contribuindo para a obtenção de informações atualizadas sobre o desenvolvimento financeiro de Macau e do interior da China, e a respetiva divulgação efetiva para os países lusófonos, através do sistema de tradução, de modo a reforçar a ligação e a cooperação financeira”.

Citado no comunicado, Ip Sio Kai, prometeu que a associação “vai aproveitar este sistema de tradução automática para, de futuro, criar mais oportunidades de cooperação financeira entre o setor bancário de Macau e o do mundo lusófono, promovendo ainda mais o papel e a função da plataforma de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa”.

No ano passado, lembrou, a ABM, a Associação de Bancos e Instituições Financeiras de Guiné-Bissau, a Associação de Bancos de Moçambique, a Associação Portuguesa de Bancos e a Associação de Bancos de São Tomé e Príncipe assinaram um acordo que já permitiu reforçar a cooperação.

Um esforço em sintonia, salientou, com os esforços entre a associação e o setor bancário de Macau para se articularem com “uma série de políticas governativas no desenvolvimento do setor financeiro moderno, empenhando-se na construção da plataforma de serviços financeiros entre a China e os países de língua portuguesa”, pode ler-se na mesma nota.

Já o presidente do IPM, Im Sio Kei, referiu na cerimónia que o instituto tem-se dedicado a promover a combinação entre os setores industrial, académico e científico” e garantiu que o sistema auxiliar de tradução de documentos oficiais se baseia “nas técnicas mais avançadas, (…), contribuindo para elevar a eficiência do trabalho”.

O sistema foi desenvolvido pelo Laboratório de Tradução Automática Chinês-Português-Inglês do IPM, inaugurado em outubro de 2016 pelo primeiro-ministro português, António Costa.

Desde a criação do laboratório, o IPM tem investido muito na área da inteligência artificial.

O uso do “sistema auxiliar de tradução chinês-português/português-chinês de documentos oficiais” foi acordado com o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

JMC // PJA

Lusa/Fim