Santa Cruz das Flores, 21 fev (Lusa) — As baixas temperaturas que se fazem sentir nos Açores provocaram hoje queda de neve no grupo Ocidental do arquipélago dos Açores, Flores e Corvo, um fenómeno pouco frequente nas ilhas.
Na mais pequena ilha do arquipélago, com cerca de 430 habitantes, o Corvo, no Caldeirão, a 650 metros de altitude, foi um dos locais mais procurados pelas pessoas para observar a queda de neve, informou o presidente da câmara, José Manuel Silva.
O autarca adiantou que habitantes aproveitaram para registar o momento em fotografia e vídeo, que partilharem nas redes sociais.
Também na ilha das Flores a neve fez-se sentir no lugar do Morro Alto, referiu o vice-comandante dos Bombeiros Voluntários de Santa Cruz, Aníbal Lopes.
Apesar de pouco frequente, a queda de neve é um fenómeno que ocorre nos Açores. Na montanha da ilha do Pico, a 2.351 metros, o ponto mais alto do país, a neve é visível todos os invernos.
Os Açores estão a registar temperaturas anormalmente baixas na sequência da passagem de uma superfície frontal fria associada à depressão Júlia.
Entretanto, a depressão Kyllian deverá atingir os Açores no sábado, prevendo-se um aumento significativo da intensidade do vento e da agitação marítima, anunciou hoje Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Em comunicado, o IPMA explica que “a aproximação de uma depressão cavada e a passagem de uma superfície frontal fria com atividade forte provocará um agravamento do estado do tempo”.
O grupo Ocidental vai estar sob aviso vermelho entre as 12:00 e as 18:00 de sábado, devido a agitação marítima, e sob aviso laranja o resto dia (das 00:00 às 12:00 e das 18:00 às 24:00), pelo mesmo motivo.
As duas ilhas estarão ainda sob aviso laranja entre as 03:00 e as 12:00 de sábado, mas devido ao vento.
“É esperado, para o grupo Ocidental na tarde de sábado vento médio de sul muito forte a rodar para sudoeste com rajadas da ordem dos 130 km/h; preveem-se ainda ondas oeste de 7 a 8 metros tornando-se sudoeste de 10 a 11 metros”, explica a meteorologista Patrícia Navarro, da delegação do IPMA nos Açores, citada num comunicado.
JYAM (APE) // SR
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