O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) está há mais de um ano para renovar a carta de condução de um motorista de ambulâncias e há mais de meio ano para renová-la a um reformado, que já teve de desmarcar férias no estrangeiro por não ter o documento.
João Manta pediu a renovação da carta a 14 de agosto do ano passado. “Sem carta, não podia trabalhar. Sou tripulante de ambulância de transporte e preciso de ter o averbamento de grupo B. Como estava a fazer 50 anos, também tinha de renovar”, explica. Até hoje, ainda não recebeu a carta. De quatro em quatro meses, tem de renovar a guia de substituição, no Posto de Atendimento ao Cidadão de Óbidos. Neste momento, conduz com uma guia excecional, passada pelo IMT, por ter ultrapassado o máximo de renovações possível da guia provisória.
O IMT explica que há “uma demora de aproximadamente dois a três meses”. Este atraso “deve-se à escassez de recursos humanos que estes serviços têm vindo a sofrer, o que infelizmente origina atrasos, o que lamentamos”, refere Dora Filipe, da Direção de Serviços de Sistemas de Informação do IMT.
Segundo o IMT, no mês de julho estavam registados no Sistema Informático de Cartas e Condutores 76 232 pedidos de cartas de condução e tinham sido expedidas e enviadas pela Imprensa Nacional Casa da Moeda aos condutores 36 743 cartas.