ASSEMBLEIA-GERAL DO BES DESCONVOCADA

besA reunião magna dos acionistas do BES estava agendada para a próxima quinta-feira, às 10:00, no Hotel Altis, em Lisboa, mas foi desconvocada a Assembleia-Geral Extraordinária a pedido dos dois maiores acionistas, o Espírito Santo Financial Group e o Crédit Agricole.

O encontro tinha sido convocado inicialmente pelo ESFG, o principal acionista do BES com 20,1% do capital do banco, a 7 de julho, tendo a mesma entidade apresentado um aditamento a 14 de julho, data em que o segundo maior acionista, o francês Crédit Agricole, com quase 15%, também apresentou uma proposta no mesmo aditamento.

Os acionistas solicitaram a desconvocação daquela assembleia, dando-se sem efeito as propostas formuladas”, lê-se no comunicado disponível na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O Espírito santo Finantial Group alega “factos supervenientes e inesperados” entretanto ocorridos, entre os quais, a apresentação dessa sociedade a um pedido de gestão controlada no Luxemburgo e reuniu acordo o outro acionista de referencia, o banco francês, Credit Agricole.

O anúncio da desconvocatória da Assembleia-Geral acontece no mesmo dia em que o Tribunal de Comércio do Luxemburgo aceitou colocar a Rio Forte e o ESFG, ‘holdings’ do Grupo Espírito Santo (GES), sob gestão controlada.

Na semana passada, o tribunal já tinha tomado decisão idêntica em relação ao pedido de gestão controlada da Espírito Santo International (ESI), estando a vice-presidente do tribunal Anick Wolff nomeada a juíza do processo para entregar ao tribunal um relatório sobre a situação das empresas requerentes (Rio Forte e ESFG).

No caso da ESI será a juíza Karin Guillaume a relatora do processo. As três ‘holdings’ da GES apresentaram pedidos de gestão controlada ao abrigo da lei luxemburguesa por não estarem em condições de cumprir as suas obrigações no que respeita ao pagamento das dívidas.