Cidade da Praia, 15 dez (Lusa) – O ex-primeiro-ministro cabo-verdiano Carlos Veiga afirmou hoje que a morte do diplomata, jurista, escritor e compositor Renato Cardoso, assassinado há 25 anos em circunstâncias nunca esclarecidas, não teve motivações políticas, realçando apenas que foi “um azar”.
“Estava no lugar errado, no momento errado”, defendeu Carlos Veiga, na cerimónia de lançamento de uma edição especial da revista cabo-verdiana de educação, ciência e cultura Artiletra dedicada a Renato Cardoso, ainda hoje considerado uma figura marcante da vida política, cultural e intelectual de Cabo Verde.
Para o também ex-líder do Movimento para a Democracia (MpD), que chefiou o Governo entre 1991 e 2000, Renato Cardoso foi um amigo que conheceu após a independência de Cabo Verde – 05 de julho de 1975 -, quando ambos regressaram ao arquipélago para contribuírem para a construção do novo Estado.