ARRANQUE DO MUNDIAL MARCADO POR JORNADA DE GREVES

BrasilO Mundial de Futebol arranca esta quinta-feira no Brasil, dia com várias greves previstas, apesar de em São Paulo, que acolhe o jogo inaugural, os trabalhadores do Metro terem decidido não avançar com a paralisação, bem como protestos.
Após uma greve de cinco dias, suspensa na segunda-feira passada e até à véspera do Mundial, o sindicato que representa os trabalhadores do metro da maior cidade do Brasil, com 20 milhões e habitantes, decidiu na madrugada de hoje não retomar a paralisação, apesar do fracasso das negociações com o Governo de São Paulo para a readmissão de 42 grevistas que foram despedidos.
Os trabalhadores do Metro do Rio de Janeiro, que também ameaçaram realizar uma greve, aceitaram, esta noite (madrugada em Lisboa), a proposta de aumento salarial oferecida pela empresa e também desistiram da paralisação marcada para esta quinta-feira.
Também foram convocadas greves que vão afetar outros transportes, caso da intersindical do pessoal de terra de três aeroportos do Rio de Janeiro que iniciou uma paralisação de 24 horas, às 00:00 (04:00 em Lisboa).
Os trabalhadores de terra prometeram assegurar 80% do serviço, mas tal não evita, porém, os receios relativamente a atrasos, dado que, por esta altura, milhares de turistas viajam para o Brasil para o Mundial, que arranca hoje em São Paulo e cujo primeiro jogo no Rio de Janeiro está marcado para domingo.
A greve parcial vai afetar os aeroportos de Santos Dumont (doméstico), de António Carlos Jobim (ou Galeão) e de Jacarepaguá.
A cidade de Natal, capital do Estado do Rio Grande do Norte, também vai viver uma jornada de greve, já que os motoristas dos autocarros convocaram uma paralisação para hoje, também reivindicando melhorias salariais.
Em Fortaleza, outra das 12 sedes do mundial, também estão convocadas paralisações para os dias em que se realizam jogos na cidade.
O estádio Castelão de Fortaleza vai acolher quatro partidas durante a fase de grupos (Uruguai-Costa Rica, Brasil-México, Alemanha-Gana, Grécia-Costa de Marfim), um dos oitavos de final e outro dos quartos.
Nas últimas semanas, vários sindicatos aproveitaram a aproximação do Mundial de futebol e a atenção mediática para fortalecer as suas reivindicações e convocar paralisações.
Além das greves, também foram convocadas manifestações contra a organização do evento e os elevados gastos associados.