Roberto Carlos será o nome do namorado da mãe do pequeno Daniel e é suspeito de envolvimento no rapto simulado da criança.
A Policia Judiciária está a tentar reconstituir os passos do suspeito durante o mês de janeiro quando Daniel desapareceu do Estreito da Calheta, da casa dos familiares da mãe, Lídia Freitas.
Tudo indica que a relação de ambos não é recente e já poder ia existir na altura, alimentado a tese de que Lídia pretendia angariar uma boa quantia que lhe possibilitasse mudar de vida, saindo da casa pobre da Calheta, na Madeira, para se juntar ao novo companheiro.
Chamada para ser ouvida segunda-feira por um juiz, a mãe da criança saiu em liberdade do Tribunal de Instrução Criminal, tendo recusado prestar declarações à juíza e permanecendo em silêncio sobre o envolvimento de terceiros.
A mulher não disse a quem ia vender a criança, nem quem a ajudou a planear o negócio, cabe agora à investigação consolidar provas de envolvimento, capturar intermediário e confirmar os alegados destinatários, que tudo indica serem estrangeiros.
Terá sido o facto de Lídia estar novamente grávida, que aliado à sua idade, levou a que a juíza a libertasse, com termo de identidade e residência e apresentação duas vezes por semana no posto de polícia local.
O inquérito prossegue pelo crime de tráfico de pessoas, pelo tribunal ter entendido que não havia indícios do sequestro agravado, já que o crime prevê a falta de consentimento do próprio.