ALTERNE EM CASA DE EX-GOVERNADOR

Moradores desesperam há mais de um ano com inquilinas do general Rocha Vieira, face ao mau ambiente e ameaças no número 2 da rua Xavier Araújo, em Lisboa
Moradores desesperam há mais de um ano com inquilinas do general Rocha Vieira, face ao mau ambiente e ameaças no número 2 da rua Xavier Araújo, em Lisboa
Moradores desesperam há mais de um ano com inquilinas do general Rocha Vieira, face ao mau ambiente e ameaças no número 2 da rua Xavier Araújo, em Lisboa
Moradores desesperam há mais de um ano com inquilinas do general Rocha Vieira, face ao mau ambiente e ameaças no número 2 da rua Xavier Araújo, em Lisboa

Há dez meses que o general Vasco Rocha Vieira, último governador português em Macau e ex-chefe do Estado-Maior do Exército, está sem receber as rendas da sua casa na zona das Laranjeiras, Lisboa. O senhorio foi ameaçado ao telefone por um homem próximo das inquilinas – prostitutas, asseguram os vizinhos – e o facto de este apartamento ter sido transformado em casa de alterne, há cerca de dois anos, causa mal-estar no prédio.
A PSP tem uma queixa registada por lenocínio, a esquadra Rocha Vieira e alguns dos moradores do prédio já prestaram depoimento, mas até hoje nada foi feito e a situação tem-se agravado. Um homem, que está identificado com o proxeneta por gerir o negócio de prostituição num andar do número 2 da rua Xavier Araújo, terá já ameaçado vários moradores do prédio, em discussões.
“O clima de intimidação é grande”, dizem moradores ao CM, no edifício de 15 andares onde vivem dezenas de famílias com crianças. Contactado pelo CM, o general Rocha Vieira não quis ontem comentar “um assunto muito desagradável”, garantindo apenas que avançou com a ação de despejo das inquilinas mal se apercebeu do que se passava na sua casa. Desde outubro que o senhorio não recebe uma renda, os ocupantes recusam deixar a casa – e, no prédio, os moradores esperam agora que a PSP, por iniciativa do Ministério Público, no DIAP de Lisboa, force a retirada das mulheres, de nacionalidade brasileira, e avance com o processo-crime por lenocínio.
O arrendamento foi feito através de uma agência, sem que o dono da casa tivesse percebido logo quem eram as inquilinas. E Rocha Vieira já foi ameaçado em dois telefonemas, feitos de cabina telefónica. Na terceira chamada avisaram de que não voltariam a pagar. E cumpriram.