Ricardo Oliveira, empresário do sector imobiliário acusado dos crimes de burla qualificada e fraude fiscal no ‘Caso BPN’, pagou 7,3 milhões de euros ao Auto-Museu da Maia, oficina especializada na montagem e reparação de carros clássicos. Os autos do processo 121/2008, que o CM consultou no Tribunal Central de Instrução Criminal, revelam que Ricardo Oliveira passou ao Auto-Museu da Maia, também conhecido como Maia Clássico, 48 cheques, entre maio de 2005 e o final de 2006. Num único dia, 7 de junho de 2005, Ricardo Oliveira passou 21 cheques à Auto-Museu da Maia no valor total de 995 mil euros.
Tamanho número de cheques passados àquela empresa, com valores tão fatiados, gerou na investigação, liderada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a suspeita de que podia estar em causa um esquema de ocultação de capitais.
Nas buscas à empresa, os investigadores encontraram também um “ cronograma dos trabalhos das viaturas do cliente Ricardo Oliveira (Grupo RO), que se encontravam em reparação a cargo do Auto-Museu da Maia.”
O CM tentou falar como advogado de Ricardo Oliveira, mas ele estava fora do País.