ABRIGO RUPESTRE CLASSIFICADO DE INTERESSE PÚBLICO

rupestreO abrigo rupestre da Pala Pinto, localizado em Alijó e cujas gravuras poderão representar os mais antigos vestígios da presença humana na região, foi classificado como monumento de interesse público, segundo o Diário da República de 12 de Fevereiro.
O abrigo rupestre, situado em pleno vale do Tua, distrito de Vila Real, constitui, de acordo com a portaria do DR, assinada pelo secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, “um dos exemplos mais notáveis de abrigos com pintura esquemática existentes nesta região transmontana”.
No interior do abrigo, protegido por uma espessa pala de granito, encontram-se algumas pinturas monocromáticas executadas a vermelho sobre painéis verticais resultantes de fraturas da própria rocha.
O primeiro painel, à direita da entrada, apresenta a maior concentração de figurações do conjunto, parecendo a inexistência de sobreposições apontar para uma única fase de execução.
Situadas na vizinhança de achados da Idade do Ferro e da Idade do Bronze, as gravuras rupestres da Pala Pinta, que provavelmente datam do Calcolítico, “poderão representar os mais antigos vestígios da presença humana na região”.
Esta classificação deve-se ao interesse do bem como “testemunho simbólico ou religioso, ao seu valor estético e material intrínseco, à sua extensão e ao que nela se reflete do ponto de vista da memória coletiva, e à sua importância do ponto de vista da investigação histórica e científica”.
Com a classificação é fixada uma zona especial de proteção (ZEP), que visa salvaguardar o monumento.
Segundo o município de Alijó, esta classificação culmina um “longo processo” que começou em 1986, altura em que foi elaborada a primeira proposta.
A autarquia referiu que o abrigo rupestre se manteve “durante décadas em vias de classificação”.
Este é um monumento que é muito visitado, principalmente por alunos do concelho em visitas de estudo.