REMÉDIO NEGADO POR 4 MIL €/MÊS

Médicos consideram que o medicamento é eficaz
Médicos consideram que o medicamento é eficaz
Médicos consideram que o medicamento é eficaz
Médicos consideram que o medicamento é eficaz

A abiraterona, medicamento usado no tratamento do cancro da próstata que os três Institutos Portugueses de Oncologia (IPO) – Lisboa, Porto e Coimbra – alegadamente estão a recusar fornecer, custa quase 4 mil euros por mês e por doente.
Os doentes e o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, apontam o dedo ao Ministério da Saúde que acusam de se guiar por razões meramente “economicistas”.
José Manuel Silva garante mesmo que o medicamento recusado a doentes nos IPO tem “eficácia comprovadíssima” e é o “maior avanço” dos últimos anos contra o cancro da próstata.
O Ministério da Saúde, por sua vez, veio ontem dizer que quem define os remédios a serem adquiridos pelos hospitais é a Comissão de Farmácia e Terapêutica
(CFT), composta pelos “melhores especialistas”, e que o medicamento recusado a doentes nos IPO ainda não consta dessa lista. Além disso, os médicos podem sempre submeter a abiraterona à avaliação da CFT.
O presidente do conselho de administração do Instituto Português de Oncologia do Porto,
Laranja Ponte, alega que o medicamento em causa só está disponível nas farmácias por decisão dos laboratórios, depois de terem chegado à conclusão de que a relação custo-benefício não compensa.
Ao que o CM apurou, as queixas dos doentes em relação ao acesso a tratamentos não se fica apenas pelo cancro. Desde janeiro de 2013 que são relatados casos relacionados com esclerose múltipla, hepatite C e artrite reumatoide.