PISSARREIRA FICA SEM PRECÁRIAS

Foi Eleutério Monteiro (foto à esq.) que telefonou à GNR, que já estava na zona de Fonte Boa a investigar um assalto a uma idosa
Foi Eleutério Monteiro (foto à esq.) que telefonou à GNR, que já estava na zona de Fonte Boa a investigar um assalto a uma idosa
Foi Eleutério Monteiro (foto à esq.) que telefonou à GNR, que já estava na zona de Fonte Boa a investigar um assalto a uma idosa
Foi Eleutério Monteiro (foto à esq.) que telefonou à GNR, que já estava na zona de Fonte Boa a investigar um assalto a uma idosa

Depois de nove dias em fuga, Américo Pissarreira, 42 anos, está de volta à cadeia de Vale de Judeus, onde vai ficar comas saídas precárias suspensas. A captura do homem, anteontem, representou, para os habitantes da zona de Vila de Rei, o regresso à tranquilidade depois de uma semana de desassossego. “Só agora é que ficou tudo descansado”, assegurou uma moradora.
Apesar disso, os habitantes ainda receiam. “Quando terminar a pena (em 2015), ele será libertado e vai voltar para cá de vez. E então, oque vai ser de nós?”, questiona um dos moradores.
O triplo homicida foi detido pela GNR, anteontem à tarde, quando caminhava na aldeia natal dos avós, Fonte Boa. Duas peças-chave contribuíram para o sucesso da operação das autoridades policiais: Casimiro Marques, um pastor que avistou o recluso num terreno, em Ribeiros; e Diamantina Silva, uma idosa, na mesma aldeia, que ficou sem jantar na sexta-feira. A GNR estava no terreno a investigar este assalto. Por isso, quando Eleutério
Monteiro, um dos moradores de Ribeiros, telefonou a denunciar o que tinha visto o pastor, os guardas levaram pouco mais de dez minutos a localizar e deter o criminoso.
De volta à cadeia, Pissarreira tem agora de sujeitar-se às penalizações que a sua saída prolongada acarreta. O gozo de saídas precárias vai ser suspenso e o seu processo reavaliado pelo Tribunal de Execução de Penas, por não se ter apresentado em Vale de Judeus na data prevista, a 26 de julho.
“Tão depressa não lhe vão dar mais saídas precárias e só irá beneficiar da liberdade condicional após cumprir cinco sextos da pena”, disse ontem ao CM Vítor Ilharco, secretário-geral da Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso, adiantando que a pena não será agravada por esta “ausência ilegítima”, mas irá passar umas semanas numa cela disciplinar, só indo ao pátio uma hora por dia e num período em que não estiverem lá outros reclusos.