![Apoiantes de Moahmmed Morsi prometem continuar a protestar nas ruas até à reposição da legalidade Apoiantes de Moahmmed Morsi prometem continuar a protestar nas ruas até à reposição da legalidade](https://www.correiodamanhacanada.com/wp-content/uploads/2013/07/EGIPTO.jpg)
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Os apoiantes da Irmandade Muçulmana recusaram ontem abandonar as ruas do Cairo, apesar do massacre de dezenas de companheiros pela polícia. Os manifestantes, que estão acampados há um mês junto à mesquita de Rabaa al-Adawiya, no centro da cidade, garantem que o seu protesto é pacífico e só terminará como regresso ao poder do deposto presidente Mohammed Morsi. No sábado à noite, horas depois de pelo menos 72 apoiantes da Irmandade terem sido mortos pelas forças de segurança no pior massacre desde a tomada do poder pelos militares, os líderes do movimento islamita exortaram os milhares de manifestantes a não cederem às ameaças, afirmando que o exército “está com medo”. “Não podemos deixar as ruas, são a nossa salvação. Podem matar 100, 200 ou 300, mas não conseguirão matar um milhão”, afirmou uma manifestante.
O ministro do Interior do governo interino, Mohamed Ibrahim, ameaçou no sábado que o acampamento de protesto seria desmantelado “em breve”, fazendo temer novo banho de sangue. Ibrahim afirmou, ainda, que a paz no país não poderá ser alcançada sem o uso de medidas de segurança política, deixando em aberto um possível regresso da polícia secreta.
O massacre de sábado ameaça, porém, dividir o governo interino, com alguns dos seus membros a começarem a questionar o uso de força excessiva por parte das autoridades.
O secretário de estado norte–americano, John Kerry, apelou às autoridades egípcias para “respeitarem o direito de liberdade de expressão e o direito à reunião pacífica”. Já o chefe dos direitos humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, afirmou que a violência está a levar o país “para o desastre”.