ESCUTAS. REVELADA CONVERSA COM EX-MINISTRO

Conversa privada entre Seguro e Alberto Martins terá chegado à mesa das negociações do acordo
Conversa privada entre Seguro e Alberto Martins terá chegado à mesa das negociações do acordo
Conversa privada entre Seguro e Alberto Martins terá chegado à mesa das negociações do acordo
Conversa privada entre Seguro e Alberto Martins terá chegado à mesa das negociações do acordo

Uma conversa telefónica entre o líder do PS, António José Seguro, e o chefe da delegação dos socialistas nas negociações para o compromisso de salvação nacional, Alberto Martins, foi a gota de água que levou o partido do largo do Rato a entregar uma queixa na Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeitas de escutas ilegais.
Segundo apurou o CM, Alberto Martins, ex-ministro da Justiça, ficou surpreendido quando, durante as negociações do compromisso, que juntaram delegações do PS, PSD e CDS, verificou que um dos membros das outras delegações parecia estar ao corrente da conversa privada que manteve com António José Seguro. O líder do PS chegou mesmo a mudar o cartão do telemóvel.
A partir daí, os socialistas não hesitaram em apresentar queixa na PGR, que foi entregue, como o Correio da Manhã revelou em primeira mão, pelo chefe de gabinete de Seguro, Miguel Ginestal, no passado dia 20, sexta-feira, precisamente o dia em que terminaram as negociações.
Instado a comentar estes novos dados, o líder do PS mais uma vez se recusou a prestar declarações, alegando estar o assunto em segredo de justiça. Em todo o caso, o CM sabe que as alegadas escutas se referem a chamadas de telemóvel.
Mas não foi apenas este caso que preocupou os socialistas. Em questão está também um e-mail trocado entre dois elementos do Secretariado, que o PS suspeita ter sido intercetado. Assim, todo o sistema informático da sede do partido está em causa.
Tal como CM já noticiou, a PGR instaurou de imediato um inquérito e o assunto passou para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), dirigido pela procuradora- geral adjunta Maria José Morgado. Apesar de terem passado 9 dias desde a entrega da queixa, a equipa de especialistas da PJ ainda não foi à sede do PS verificar os equipamentos.