HEPATITE. FALTA DE REMÉDIOS DÁ QUEIXA NA JUSTIÇA

O agravamento da doença resulta em cirrose e cancro hepático, que exige um transplante do fígado
O agravamento da doença resulta em cirrose e cancro hepático, que exige um transplante do fígado
O agravamento da doença resulta em cirrose e cancro hepático, que exige um transplante do fígado
O agravamento da doença resulta em cirrose e cancro hepático, que exige um transplante do fígado

Há doentes de hepatite C que não têm acesso aos medicamentos mais eficazes no combate ao vírus que provoca a infeção no fígado. Se a doença não for tratada, evolui para uma cirrose ou para cancro hepático, obrigando a transplantes. Reclamações de doentes já chegaram à associação SOS Hepatites, que vai apresentar uma queixa no Ministério Público contra o Ministério da Saúde, por este não garantir a todos os doentes hepáticos os mesmos direitos no acesso à medicação. Estima-se que em Portugal existam cerca de 170mil doentes com hepatite C. Outros 150 mil sofrem de hepatite B.
Hoje é o Dia Mundial das Hepatites e a SOS Hepatites assinala a data na Praia da Poça, em Cascais, com aulas de ginástica gratuitas, como forma de alertar a população para a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites.
Emília Rodrigues, presidente da SOS Hepatites, justificou ao CM a queixa na Justiça com o facto de estar em causa o acesso à terapia tripla, indicada para os doentes para os quais o tratamento convencional não é eficaz. “Alguns hospitais fornecem a terapia, mas há outros, como é o caso do São João, no Porto, que não. O acesso à medicação não deve ser feito segundo a residência do doente e a falta de equidade e igualdade dos cidadãos viola a Constituição Portuguesa”, sublinhou Emília Rodrigues.
O Correio da Manhã tentou um esclarecimento do São João mas não o obteve até ao fecho da edição.