Afinal a ministra das Finanças tinha informação sobre os 145 contratos swap, que indicavam uma perda potencial de 1,5 mil milhões de euros, desde o verão de 2011. Maria Luís Albuquerque explicou que essa foi a data na qual o Governo começou a tratar do caso.
Os e-mails trocados entre Maria Luís Albuquerque e o ex-diretor geral do Tesouro e Finanças (DGTF) Pedro Felício, a que o CM teve acesso, provam que a ministra tentou obter informação detalhada sobre as necessidades de financiamento das empresas públicas. Facto que a ministra não negou ontem, em entrevista à SIC. Maria Luís entrou em contacto com várias empresas, ainda quando era técnica do IGCP, e continuou a fazê-lo depois de tomar posse como secretária de Estado em junho de 2011.O primeiro destes e-mails foi enviado, a 6 de maio, por Maria Luís ao então diretor financeiro do Metro de Lisboa, Ferreira de Melo, a pedir “informação discriminada das amortizações de dívida”. Este, por sua vez, pediu esclarecimentos a Pedro Felício. Sem entender o método de recolha da informação, o responsável da DGTF, pediu também esclarecimentos, por email, a Alberto Soares, então presidente do IGCP. Na resposta, Alberto Soares também revelou estranheza: “É óbvio que esta informação nos deve ser fornecida pela DGTF. Vou ver o que se passa. ”Em junho e julho de 2011, começou a troca de e-mails entre Felício e Maria Luís, que queria “informações relacionadas com os empréstimos”. Pedro Felício enviou à atual ministra informação detalhada sobre swap de nove empresas públicas que indicavam uma perda potencial de 1,5 mil milhões de euros.