DESPACHO RECOMENDOU VENDER CASAS A EX-MINISTRO

Manuela Ferreira Leite e Carlos Tavares dizem que nunca foram ouvidos no processo de investigação do DCIAP à venda dos imóveis da IPE, firma pública
Manuela Ferreira Leite e Carlos Tavares dizem que nunca foram ouvidos no processo de investigação do DCIAP à venda dos imóveis da IPE, firma pública
Manuela Ferreira Leite e Carlos Tavares dizem que nunca foram ouvidos no processo de investigação do DCIAP à venda dos imóveis da IPE, firma pública
Manuela Ferreira Leite e Carlos Tavares dizem que nunca foram ouvidos no processo de investigação do DCIAP à venda dos imóveis da IPE, firma pública

Manuela Ferreira Leite e Carlos Tavares assinaram, como ministros do governo de Durão Barroso, um despacho recomendando a venda de imóveis da Investimentos e Participações Empresariais (IPE), sociedade pública extinta em 2002, à empresa Pousa Flores, do ex-ministro Arlindo Carvalho, administrador da IPE na altura do negócio. Em 2005, o DCIAP abriu uma investigação, mas arquivou-a em 2010. Ferreira Leite e Carlos Tavares não foram ouvidos.
Uma cópia do despacho da então ministra das Finanças e do então ministro da Economia foi apreendida no inquérito do BPN. Essa cópia está nos autos do processo em que foram acusados Arlindo Carvalho e José Neto – era também administrador da IPE e fez o negócio em sociedade com o ex-ministro.
O despacho foi assinado a 6 de dezembro de 2002. Dias antes, a 27 de novembro, Arlindo Carvalho e José Neto tinham apresentado a proposta de compra dos prédios da Sociedade Geral de Projetos Imobiliários e Serviços, detida pela IPE, após sugestão de José Neto a João Talone, encarregado da extinção da IPE.