ARGUIDO FEZ 150 MILHÕES “À BOLEIA” DO BPN/SLN

Ricardo Oliveira está acusado em dois processos do BPN
Ricardo Oliveira está acusado em dois processos do BPN
Ricardo Oliveira está acusado em dois processos do BPN
Ricardo Oliveira está acusado em dois processos do BPN

Os negócios de Ricardo Oliveira, arguido em dois processos do ‘caso BPN’, com o Grupo BPN/SLN contribuíram para que o património das firmas desse empresário imobiliário ascendesse a quase 150 milhões de euros, em 2003. Seis meses depois, após pressões do Banco de Portugal por causa dos créditos concedidos pelo BPN, Oliveira e Costa acordou com Ricardo Oliveira a saída deste das sociedades que tinham como sócias sociedades do Grupo BPN/SLN. A dívida de Ricardo Oliveira e das suas empresas ao BPN superava então, segundo o Ministério Público, 63,5 milhões de euros.
Os autos do processo 121/08, que o CM consultou no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), revelam a lista do património das empresas de Ricardo Oliveira a 21 de novembro de 2003: os ativos de 149,8 milhões de euros estavam repartidos por ações da SLN e da SLN Valor, unidades de participação no fundo de investimento imobiliário BPN Imoglobal, terreno na Quinta do Lago e dez sociedades, três das quais offshores. Sediada sem paraísos fiscais, Mellendy, Gedalia e Umbella tinham ativos de 22,5milhões de euros. Por causa dos negócios como Grupo BPN/SLN, Ministério Público acusou Ricardo Oliveira dos crimes de burla qualificada, fraude fiscal e falsificação de documento.
A acusação diz que “Oliveira e Costa e Francisco Sanches atuaram sempre com o propósito de induzir o regulador, Banco de Portugal, quanto à titularidade dos ativos que colocavam na posse de terceiros e na titularidade de entidades veículo, aceitando para tal lesar o Grupo BPN/SLN com a realização de pagamentos excessivos e indevidos a terceiros, para além de aceitarem realizar financiamentos não cobertos por garantias eficazes”. E frisa: “Ricardo Oliveira sempre colaborou nessa atividade de encenação visando obter um ganho.”